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quinta-feira, 24 de maio de 2007

"F.rouxo C.onsegue S.acar"

TAU!
TAU!!
^
- O que é que foi isto?... Que barulho foi este?!... O
- ... Oh! foi só um gajo que deu dois tiros à Morte.h
- ... E acertou-lhe?
- Parece que sim ...
%

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

diário de um frouxo

Querido bló:

Têm sido dias muito ocupados, estes. A escalagem rouba-me tempo para as coisas realmente importantes na vida, como escrever neste estaminé. Mas sinto que está a valer a pena. O projecto está cada vez mais perto. Ontem dei-lhe o pegue nº 425 - o terceiro à frente. É óptimo ver que já começo a ir à frente com regularidade.
Mas as boas notícias não terminam aqui. Sinto que estou cada vez mais consolidado na via. Há vinte pegues que a coisa não me corria tão bem. E, confesso, já estava a desanimar. Mas ontem voltei a cair novamente no passo da reglete. Ou seja, semana sim semana não, chego à reglete. Antes era de mês a mês! Há aqui, sem dúvida, uma evolução. Não há-de faltar muito para que comece a pensar em lançar para o bidedo. Depois disso, quem sabe? Tudo é possível. Até chegar ao passo duro a encadear!
Mas por enquanto importa manter os pés bem assentes na terra. E concentrar-me no que tenho para optimizar. Estou quase a fazer a secção de continuidade de seguida! Há um passo do meio que já não me custa tanto. Foi só mudar o pé para a parte direita da prateleira, e pumba! já sai em estático. Quem sabe não foi esse bocadinho de energia que poupei que me fez agarrar a reglete, colocar o pé na presa e, imediatamente antes de cair, olhar para o bidedo com determinação! É altamente motivante perceber que estou a evoluir na via. Mal posso esperar para lá ir de novo!

Bem medidas as coisas, estou convencido que o 6a sai mesmo este ano. É tão bom começar 2007 com optimismo…

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

a frouxidão dos passitos

Não sei porquê, caio sempre nos passitos. A malta diz-me "ah, a via é uma cagada, só tem um passito ali a meio". E eu vou todo contente, chego à via e faço os passos todos, faço o passo antes, o passo depois, só não faço o passito. Normalmente o passito é uma cena do estilo agarras o monodedo que está no cú de Judas, epá, espera lá, monodedos no cú de Judas não me soa bem, pronto, o monodedo em cascos de rolha, nunca percebi o que são cascos de rolha, será que as rolhas têm cascos, se têm nunca os vi, e depois sobes os pés numas cacas e lanças ao bidedo bom. Claro que os passitos não são sempre assim, às vezes sobes em regletes de menos de uma falange enquanto tens os pés em cacas, para depois lançares ao bidedo bom. Ou ainda, agarras aquela lateral mesmo má e, pés na caca, lanças como se não existisse o amanhã para o bidedo bom. Em qualquer dos casos, acertas acima, abaixo, ao lado, mas nunca chegas a agarrar o bidedo bom. O que é uma pena, porque o bidedo bom é mesmo bom. Aliás, é esse bidedo bom que dá a cotação de dois graus abaixo do que a via realmente custa. Tudo porque o pessoal forte se agarrou ao bidedo bom e viu "eh, pá, isto é mesmo bom. Que cagada!"
As vias de passitos fazem lembrar-me as francesinhas, por causa do diminutivo. Um gajo pede um pastelinho de bacalhau e come-o de uma dentada. Chega a casa de um amigo e oferecem-lhe um bolinho. Ou uma bolachinha. E julga que a francesinha também é coisa para se comer de uma só vez (a descrição pode enganar, mas refiro-me à iguaria, não à cidadã de origem francófona). Um gajo até se arma em lambão e pede duas, a pensar "bom, avio já isto tudo, nem demora dez minutos" ou "ui, que vai saber tão bem". Volto a lembrar que continuo dentro do domínio da gastronomia. Depois quando chegam à mesa é que um gajo percebe que as francesinhas parecem francesonas. Afinal de contas, é coisa para andar de volta daquilo durante horas. No fundo, como nos passitos.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

o Inverno dos frouxos

Chegou o Inverno do nosso descontentamento, tornado glorioso Verão por este filho de York.

Pimba! Aposto que não estavam à espera de entrar neste blog e apanhar com Shakespeare em cheio na tromba. Este blog está muito lá. E isto ainda não é nada. Esperem só até eu me lembrar de escrever um post em que relaciono o existencialismo segundo Heidegger com a escalada à frente.
A verdade é que este filho de York devia ser um frouxo... pois agora que a chuva veio para ficar, o frouxo tem mais uma razão para sorrir. Acabaram-se as desculpas. Não é preciso inventar uma lesão na unha do dedo mindinho ou num pêlo da sobrancelha. A rocha tá molhada, não há volta a dar, bute pró muro, antes que um gajo apanhe uma constipação.
A época invernal opera mudanças extremamente interessantes na fisiologia de um frouxo. Assim que este entra no muro, uma extraordinária mutação ocorre no seu corpo. Alguns efeitos são imediatos, como a recuperação da visão: O frouxo passa a ver as presas! Outras modificações também não se fazem esperar. Todas as lesões desaparecem como que por magia e o frouxo transforma-se num animal, capaz de realizar verdadeiros milagres sobre a pilha de colchões que se avoluma dois metros mais abaixo. Sem a escalada em rocha para atrapalhar os treinos, ganha força sessão após sessão e encadeia bloco atrás de bloco (desde que este tenha menos de sete movimentos, claro). O frouxo será o rei do Inverno, até vir o bom tempo, até as vias secarem, até as desculpas se esfarraparem, em suma, até surgir a ocasião em que o frouxo tenha uma daquelas cenas, vulgarmente conhecidas como expresses, debaixo dos pés…