quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A cana do frouxo

Meus senhores eu sou a cana!
Que alcança a tige e a plaquete
Que salva as calças de ser retrete
Que alcança longe e alcança perto
E dá triunfos a qualquer Alberto
Que aponta as presas de pé e as de mão
Que tanto ajuda a tanto cagão.

Meus senhores aqui está a cana
Que é de alumínio ou de bambu
De fibra-de-vidro ou de pau cru
Que canta os passos à Maria e ao João
E salva o dia em qualquer situação
Que usa a menina e que usa o menino
Pois ir à frente revolve o intestino

Meus senhores aqui está a cana
Que segura a corda e o mosquetão
Que salva da queda e do trambolhão
Que desenvolve as artes e as manhas
E limpa as presas cheias de aranhas
Que protege vias curtas e de runouts largos
Que salva a malta dos voos amargos

Meus senhores aqui está a cana
Que põe em top quem vai a frente
Que desculpa o medroso do acidente
Que equipa as vias de alto a baixo
E revela o frouxo que se dizia macho
Que envergonha o roto e envergonha o nú
E empala a sério quando há excesso de mú

(Inspirado no poema "A água" de Manuel Maria Barbosa du Bocage)

1 comentário:

chb disse...

Ahahahahahahahahah.....

T� demais!!! Tou a ver que por aqui al�m de frouxos e chor�es tamb�m h� poetas....

Muito bom... quase que d� pr� Irmandade fazer uma m�sica com essa letra... ;)

Apertem!