quarta-feira, 4 de outubro de 2006

a frouxidão das opiniões

Desde que este blog apareceu uma pergunta tem percorrido o espírito da comunidade escaladora internacional: Mas afinal quem é este parvo? E há quanto tempo permitiram o acesso à Internet nos hospitais psiquiátricos? E qual o impacto deste blogue na comunidade escaladora? E porque é que, a contar com esta, já vamos em quatro perguntas? Não era só uma? Para dar resposta a algumas destas questões falámos com alguns destacados membros da nossa comunidade e pedimos-lhes que dessem a sua opinião sobre o que acham deste blogue. Reparem nesta frase: "a sua opinião sobre o que acham deste blogue". Fenomenal, hã? Não é para todos. E, sinceramente, nenhum dos meus entrevistados esteve à altura. Uns deram-me uma opinião sobre o blogue, outros disseram-me o que achavam do mesmo. Nenhum foi capaz de me dar a sua opinião sobre o que achava deste blogue. Frouxos.
Dani Andrada, escalador de profissão, diz-nos, enquanto encadeia dois 8c’s ao mesmo tempo com apenas um braço, que leu o blogue e gostou muito. Já Bernabé Fernandez, pastor de cabras na Andaluzia, foi mais longe e ofereceu o seu contributo, uma vez que se considera o frouxo-mor: “joder, sólo encadeno una ruta en cada cinco años!” Chris Sharma, tocador de flauta, também leu o blogue e achou-o “fantástico” e “ainda mais duro que fazer o ‘witness the fitness’ depois de encadear a ‘realization’ ”. Talvez não seja disparatado presumir que tal acontece porque, segundo o próprio, “não percebo uma palavra de português a não ser ‘gracias’ ”.
De qualquer maneira, uma vez que o referido bloco está cotado de 8c+ e a via leva a cotação de 9a+ (ora oito mais nove são vinte, não, que disparate, são dezanove) parece-me legítimo cotar este blogue como um 19d+. E não se fala mais nisso.

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